Desde o fim do ano passado, os políticos se organizam para viabilizar suas candidaturas aos cargos de vereador, vice-prefeito e prefeito. No entanto a movimentação nos bastidores tem se tornado mais intensa com a proximidade das eleições no Brasil, previstas para acontecer no mês de outubro. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ainda não é permitido realizar propaganda eleitoral, mesmo assim a pré-campanha já está liberada. Em tempos de pandemia do coronavírus, em que a maioria dos brasileiros evita aglomerações, a alternativa encontrada por muitos candidatos é investir pesadamente no marketing digital. Esse período de pré-campanha é essencial para que os políticos realizem um planejamento estratégico. É o momento também para se apresentar à população, ganhar visibilidade e assim conseguir “preparar o terreno” para quando a propaganda eleitoral estiver autorizada.
Este ano, as campanhas eleitorais municipais terão a duração de aproximadamente 45 dias. O tempo dos candidatos na televisão e no rádio, por exemplo, será de pouco mais de um mês. Um período extremamente reduzido para alcançar toda a população. Para Leandro Duarte, um dos sócios-diretores da Aquário Comunicação, esse é um dos principais motivos para um político começar a se organizar meses antes e conseguir sair na frente dos demais candidatos. “Uma pré-campanha realizada de forma eficiente aumenta, e muito, as chances de vitória nas urnas”, afirma. Além disso, o empresário explica que esse período deve ser utilizado para realizar um planejamento de como a campanha irá ocorrer. “Pontos básicos como o desenvolvimento de um cronograma, treinamento de equipe e a criação e aprovação de todo o material publicitário que será veiculado não podem ficar de fora dessa organização prévia”, completa.
Adaptar-se à nova realidade decorrente do isolamento social provocado pela propagação da Covid-19 também será um desafio e tanto para os partidos e candidatos. Acostumados a grandes comícios, carreatas e o tão utilizado corpo a corpo em busca de votos, eles terão que encontrar outras formas de se aproximar da comunidade. Com a crise gerada pelo coronavírus, as pessoas estão mais em casa e o número de horas gastas no ambiente online aumentou. Não à toa, a maior concessionária de telefonia do Brasil registrou um salto de 40% no uso da sua internet, desde o início da crise gerada pelo coronavírus. “Nesse momento tão delicado em que o país se encontra, o marketing digital se consolida de vez e promete alcançar os brasileiros nos locais em que eles estiverem”, comenta o empresário. Dessa maneira, a grande tendência é que a pré-campanha ocorra quase que, exclusivamente, pela internet.
Eu sou pré-candidato a vereador e agora? O que posso fazer? Os políticos que desejam participar de disputas eleitorais podem divulgar as suas pré-candidaturas e as suas qualidades pessoais aos eleitores. A lei ainda autoriza uma série de situações, dentre elas a participação em entrevistas, programas de rádio, televisão e internet, inclusive com a exposição de projetos políticos. No entanto, em nenhum momento, sob hipótese alguma, os candidatos podem pedir votos durante a pré-campanha. Caso isso aconteça, eles podem ser enquadrados na prática de propaganda eleitoral antecipada, que resulta em multa e, nos casos mais graves, em cassação. Para não cair nessa cilada, o ideal é contratar uma agência de marketing digital juntamente com uma assessoria jurídica. Esse tipo de trabalho pode evitar muita dor de cabeça lá na frente.
Crédito da imagem: Agência Brasil