Potencializar uma campanha eleitoral é a meta de muitos candidatos. Mas como fazer isso em um tempo que é muito mais digital que analógico? Pode parecer difícil adaptar as velhas práticas das corridas eleitorais para a era da internet. No entanto, com a ajuda dos especialistas corretos, essa é uma missão totalmente possível.
O segredo para o sucesso político nas redes sociais, na busca do Google e em outras plataformas online é a inteligência digital. Desde que esse tipo de ferramenta apareceu, ficou mais fácil atingir um número cada vez maior de pessoas. Porém, para isso, é preciso saber utilizar esses recursos de maneira adequada e devidamente calibrada para o público que se quer impactar.
Atualmente as possibilidades oferecidas pela internet são inúmeras. Por exemplo, pode-se programar conteúdos especificamente desenhados para serem apresentados para determinados perfis de eleitores. Depois, esses conteúdos são impulsionados com foco nesses perfis, que têm mais chance de se interessar por aquele assunto. Dessa forma o tempo de televisão destinado a cada candidato deixa de ser o mais importante para que ele seja, de fato, conhecido.
Quando se veicula uma propaganda política pela TV, é preciso preparar um discurso geral, capaz de chamar a atenção do maior número possível de pessoas. Por sua vez, a internet permite a produção de conteúdos diversos, cada um para um tipo de eleitor em potencial.
Agora, ao contrário do que acontecia em 2018 e nas eleições anteriores, a presença digital não é suficiente. Se não houver um trabalho detalhado de análise e compreensão do público, bem como de desenvolvimento de peças feitas sob medida para esse público, as chances de conquistar o eleitorado são pequenas – e serão cada vez menores, conforme mais candidatos se dão conta dessa realidade e começam a utilizar as redes de maneira correta.
Mas, assim como acontecia na campanha analógica, aquela feita com olho no olho, na internet também é importante ser autêntico. Afinal, em tempos de fake news, torna-se mais relevante quem trabalha com a verdade e mostra quem realmente é.
Aprovada em setembro de 2020, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) estabelece uma série de parâmetros para esse tipo de prática, considerada “tratamento de dados“. Uma delas é a obrigatoriedade de que o usuário dê seu consentimento para que seus dados sejam coletados, analisados e utilizados para montar esse tipo de estratégia. Entretanto, como a lei é nova e ainda há interpretações diversas sobre seu conteúdo, não há unanimidade sobre o que é e o que não é permitido fazer.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a LGPD se aplica, sim, às campanhas eleitorais. Por isso, qualquer candidato que queira fazer uso das estratégias digitais em sua campanha precisa estar atento às regras específicas para que o trabalho permaneça sempre dentro dos limites legais.