O Brasil enfrenta nos últimos meses um cenário de aumento expressivo do número de mortes decorrentes da Covid-19, bem como ampliação do número de infectados pela doença. Ao mesmo tempo, uma disputa por mais vacinas, assim como o receio da falta e da efetividade de imunizantes, além de uma desinformação geral na internet, inclusive no Paraná, que a Aquário Comunicação, empresa de marketing digital com atuação no estado, lança a segunda edição do Ranking dos Deputados Estaduais mais Influentes do Paraná.
O levantamento mostra que neste cenário político do campo digital, avaliado entre 12 de março e 12 de junho, há uma presença expressiva de parlamentares do PSL. Entre os dez deputados com atuação mais intensa na internet, o partido tem quatro políticos: Delegado Francischini, que novamente lidera o ranking; em seguida vem Ricardo Arruda que também ficou em segundo na edição anterior; Subtenente Everton que após desbloquear as restrições internacionais de seu Facebook subiu da quadragésima quinta posição para a quarta; e Coronel Lee continuou na quinta colocação.
Entre os perfis com melhor desempenho nas redes sociais há mais algumas surpresas. A Cantora Mara Lima (PSC), suplente do deputado Guto Silva (PSD), aparece na terceira posição.
Permanecem entre as dez redes com maior performance os deputados Soldado Adriano (PV) e Goura (PDT). Ambos, contudo, caíram no levantamento. O pevista saiu da terceira para sexta posição. Já o pedetista perdeu uma posição e foi o oitavo.
Quem também continuou nesta lista, porém com viés de alta, foram os parlamentares Requião Filho (MDB), que subiu da décima para nona posição e o Professor Lemos (PT), este saltou da última colocação para fechar a lista dos dez deputados estaduais de maior influência digital do Paraná.
A deputada Maria Victoria (PP), que na primeira edição do ranking havia sido a oitava colocada, desta vez caiu para a trigésima quinta posição. Isto se deve pela escolha da parlamentar de não usar uma conta profissional no Instagram. Existe uma ferramenta nesta rede social chamada de “Instagram Insights), na modalidade comercial, que apresenta as relações com usuários. Ela possibilita, inclusive, que se acompanhe o desempenho das postagens, o que permite identificar o que mais atrai os seguidores que foram impactados pelo perfil.
“O bom desempenho no ranking não garante necessariamente ao político vantagens no aspecto eleitoral. Existe a necessidade de um estudo na rede para compreender, por exemplo, se os perfis engajados na rede tem título de eleitor no estado. Há também a necessidade de construir conteúdos que deem publicidade às ações do parlamentar. Muita gente faz publicações de assuntos do momento ou utilizam o “hype” de outros políticos com maior engajamento para aumentar seus números. Esta é uma estratégia que já se demonstrou equivocada”, aponta o analista político-digital da Aquário, Leandro Duarte.
Na avaliação do especialista em Big Data, Luann Medeiros, a segunda edição do ranking mostra que existem diversos erros nas estratégias dos parlamentares, o que pode afetar o desempenho na corrida eleitoral, que começará daqui a pouco mais de um ano.
“ Confiar nos números, na ciência, é sempre mais apropriado. Neste mundo digital, não há espaço para achismos. Para construir uma estratégia na internet, é necessário conhecimento em big data combinado com as plataformas políticas de cada político. Por isso não existe uma fórmula geral. Investir o dinheiro sem ter isto em mente é apostar na sorte. Coloquem confiança sempre na inteligência digital”, alerta.
A segunda edição do ranking considerou a mesma metodologia. Uma delas é o envolvimento, que tem peso 5. O total de perfis tem peso 4. Já o número de postagens tem peso 2.
Todo o processo para construção da publicação segue de maneira transparente. O software para captar os dados é o SEMRUSH. Abaixo é possível conferir todos os números e a equação utilizada para estabelecer a classificação.