A internet sem dúvida alguma revolucionou o modo como lidamos com o mundo. Antes da rede mundial de computadores, as pessoas consumiam informações, produtos ou serviços por meio de outros veículos, como televisão, jornais ou rádio. E tinha que ser praticamente de forma estática.
O sócio-diretor da Aquário Comunicação, Leandro Duarte, ressalta que, em quase três décadas de funcionamento, a internet alterou tudo isso. “Especialmente com o advento da banda larga e da conexão móvel, usada nos aparelhos celulares, as pessoas passaram a consumir tudo a um toque, a um clique”, comenta. Notícias, receitas de bolo, o horário do cinema, comunicação com o parente próximo ou distante. Tudo se dá pelo seu celular.
As redes sociais, como Instagram e Facebook, intensificaram essa entrada no mundo virtual. Se antes era “coisa de jovem”, hoje, crianças de pouca idade e até adultos com mais idade quase não se separam do celular. Pesquisa de 2018 da Hootsuite e We Are Social mostra que os brasileiros são top 3 no mundo em tempo conectado à internet. Com nove horas e 14 minutos diários de acesso, o Brasil fica atrás apenas de Tailândia e Filipinas na estatística.
Ao todo, o país tem 62% da sua população usando as mídias sociais. O documento também mostrou que 58% dos brasileiros já procuraram por algum serviço ou produto na grande rede. Entre as mais utilizadas em território nacional estão o Facebook, com 59%, o WhatsApp, com 56%, e o Instagram, com 40%.
A pesquisa ainda apontou uma forte necessidade de uma estratégia de marketing digital bem feita, visto que 29% da população brasileira admitiu que compra um produto após acharem na internet.
O serviço de marketing digital também transpôs a barreira dos produtos. Segundo Luann Medeiros, também sócio-diretor da Aquário Comunicação, hoje, há uma alta demanda para construção de estratégia digital para campanhas eleitorais. O eleitorado não está mais em frente à televisão, ligado no rádio ou lendo jornais. “Grande parte deste público, além das novas gerações que já vivem a era digital, acompanha seus candidatos pertinho, seja pelas notícias em sites jornalísticos, seja acompanhando, até mesmo real time, pelas redes sociais”, afirma o empresário.
O marketing digital político começou a ganhar muita força na disputa americana em que Barack Obama se tornou presidente dos Estados Unidos. De lá para cá, tudo ficou ainda mais forte. As diferentes redes sociais possibilitaram a construção de verdadeiros exércitos responsáveis por defender, atacar e propagar a palavra de apoiadores.
Um exemplo forte de tudo isso foi a recente eleição do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro. Com pouco tempo de televisão, sua força digital foi sem dúvida estratégica para vencer. Em 2018, houve uma pesquisa do seu eleitorado e foi verificado que eles consumiam política, basicamente, pelas redes sociais. Cerca de 61% dos votantes afirmaram que usavam o WhatsApp, 57% o Facebook e 28% o Instagram. Vejam bem, esta foi a primeira eleição, que de fato, as redes tomaram um protagonismo. A expectativa para as próximas campanhas é de que as mídias sociais se tornem não apenas decisivas, como fundamentais.
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